Elza da Conceição Soares, cantora, carioca e moradora de Copacabana, desfila mesmo machucada à frente da bateria.
Elza Soares roubou a cena no desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel, no Rio. Com o pé torcido, a cantora atravessou a Avenida em uma espécie de palanque e foi ovacionada pelo público. Até os jurados se levantaram e aplaudiram a passagem de Elza pela Sapucaí.
"Minha fantasia representa desejo e sedução", explicou a cantora Elza Soares pouco antes de entrar na avenida Marquês de Sapucaí nesta segunda-feira, 15, no Rio. A madrinha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel chegou a ser dúvida no sambódromo devido a uma lesão no tornozelo, mas chegou de pé e esbanjou bom humor.
Elza conta que passou o dia inteiro rezando e pedindo misericórdia para o povo brasileiro. "Carnaval é a época que dá alegria a este povo tão sofrido", refletiu.
Sorridente, Elza acenava para o público, que retribuía o carinho.
Além de Elza Soares, Thatiana Pagung, rainha da bateria de Mestre Bereco, que também estreia no comando de 300 ritmistas. Elza, que já defendeu a escola por quatro anos na década de 70, deu um show de energia ao lado de Pagung.
No carnaval, estreou em 1969, puxando o samba do Salgueiro. Mas a incomodou bastante o fato de estar longe da escola que representava o bairro de origem, sua verdadeira paixão. Por um convite de Dona Ivanoy, destaque da Mocidade, voltou para os braços de sua gente. Estreou na Verde-e-Branco em 1973, no enredo Rio Zé Pereira. Cantou até 1976, dividindo o posto com Ney Vianna em três oportunidades. Em 1974, gravou “Salve a Mocidade”, samba de Luiz Reis, considerado uma das maiores odes já feitas à Mocidade Independente de Padre Miguel. A música fez tanto sucesso que entrou na trilha sonora da novela O Rebu, de Bráulio Pedroso.
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