terça-feira, 18 de maio de 2010


Aguardem!

Amizade

Segundo o dicionário, uma afeição recíproca entre dois entes. Seria a amizade o mesmo que boas relações? Mas o que seriam boas relações? Dizer e ouvir apenas o desejado? Poupar a quem se ama das verdades duras, e cortantes, com frases como: Você está certo, continue assim, não mude nunca.
Fazer elogios infindos ainda que as atitudes do grande amigo não lhes pareçam sábias? Creio que não, e se isso for, desconheço então o meu lado amigo. Pois se lhe digo palavras cortantes e verdadeiras, é com o intuito de fazê-lo crescer diante do mundo
Não direi ao meu melhor amigo hoje que aprovo todos os seus passos, mas tentarei mostrar-lhe que por passos errôneos também caminhei, e que por isso machuquei-me sozinho, quisera eu poder contar sempre com amigos verdadeiros, que me alertassem sobre os passos tortos, para quem sabe assim poder consertar-me um dia.
Se te fiz chorar ou sorrir, pouco importa, ainda que jamais tenha premeditado uma lágrima no rosto teu. O que mais importa é que ainda que eu tenha por vezes gritado para lhe acordar sobre a vida, minha maior preocupação, foi fazê-lo enxergar um mundo de possibilidades em seu caminhar, com carinho e o verdadeiro amor que não existe apenas para sorrir junto, mas principalmente e se preciso for, chorar junto também, mas tendo sempre as mãos entrelaçadas.

segunda-feira, 26 de abril de 2010


Estrear

Te conheci nos bastidores da vida

Num lugar onde poucos se conhecem

E nunca dizem o nome

Eu não menti

Tu também disseste o teu

Senti o ar se aquecer ao redor de mim

Ao redor de você

Um frio tomou conta de minha barriga mesmo num ambiente de muito calor

Minhas mãos perderam a força ao tocarem as tuas

E na cabeça a certeza de que dali surgia à oportunidade de enfim

Meu espetáculo estrear

O teu tom era tão pro meu

E dessa garganta que canta e tantas lagrimas cantou

Cantei palavras de poesia palavras de amor

Eu sonhei

Sonhei com um teatro lotado e você ali sentado a aplaudir com vigor

Desejei teu corpo em vão

Então acordei

E percebi que o teatro estava ainda sem luz e sem platéia e sem ninguém

Só eu ali sentado

Do teu rosto nem um retrato para consolo

No meu rosto ainda sem maquiagem

Uma lagrima desenhou toda a dor

A dor de carregar ainda no peito essa vontade

De estrear um espetáculo de raro e tão grande amor

segunda-feira, 22 de março de 2010

Errado é o Certo
(Di Plural)



Depois de refletir um tanto, e rebobinar o que passou, percebi que você não é a pessoa certa pra mim.

Hoje estou mais certo que nunca disso, graças a Deus!
As pessoas certas são chatas, não se atrasam, falam palavras bonitas e doces, de tão doces chegam enjoar.

Por isso me atraio por ti. Por ser assim: Todo errado.
É quem me faz perder a cabeça, falar besteiras, virar copos, sentir ciúme, enlouquecer...
A pessoa certa não passa um dia sem me ligar.

A pessoa errada me faz esperar dias, e nenhuma ligação.

Quando o telefone toca, toca alto em mim a esperança.

Você é tão errado que me faz chorar, mas chega na hora certa de secar as mesmas lágrimas.
Pra quê uma pessoa certa em minha vida?

Minha vida nunca foi lá muito certa mesmo.
Se tudo der certo, você permanecerá errado assim,

Soltando-me a mão ainda no meio do caminho, pra que eu possa provar a mim mesmo, e ao mundo inteiro, o quanto sou capaz.

Depois de ter encontrado a pessoa errada, as coisas começaram a se acertar.

Vou pedir aos deuses todos, ainda que nem esteja certo de que eles existam que conservem presente a pessoa errada,

Só assim será alimentado em mim, o desejo de acertar.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Aquela Noite

Di Plural

Sábado à noite e eu no quarto, com a luz apagada, deitado na cama, ouvindo o som dos carros lá fora, caía uma fina chuva, o que me acovardava ainda mais em sair de casa, mas sábado a noite é sempre, ou quase sempre tão bom sair de casa, principalmente por que sempre rolam umas paqueras, e de repente pode ser mais interessante estar deitado em minha cama, acompanhado por um corpo quente, a estar sozinho embrulhado com a luz apagada e ouvindo o som dos carros lá fora. Meu dia fora bastante tumultuado e cansativo hoje. Sou fotógrafo e trabalho para uma revista local, mas mesmo cansado, confesso que uma das coisas que menos me atrai, é não fazer nada, como estar dormindo, penso logo na quantidade de coisas que eu poderia estar fazendo nas ruas, penso que inúmeras pessoas estão lotando os motéis, os bares, as ruas, boates, e me dá inveja dos que estão vivendo enquanto eu durmo, e no sonho deixo a vida passar.

O barulho dos carros lá fora era convidativo demais.

Levantei-me, pus-me nu, larguei minha cueca na porta do banheiro deixando lá atrás no piso do quarto minha surrada camiseta branca, fui tomar um banho, enquanto me molhava pensava se realmente deveria sair de casa aquela noite. Ou se seria melhor deitar-me novamente em minha confortável cama e entregar-me ao sono, estava de fato cansado, mas enquanto a água fria molhava meu corpo, despertava-me o desejo do desfrute, do sexo, das loucuras todas que envolvem as noites de sábado. Saí do banheiro sem toalha, totalmente nu, meu apartamento fica de frente a outros dois apartamentos, e sempre que faço isso, percebo que tem alguém a me olhar. Não foi diferente. Fui até a cozinha, cortei duas grandes laranjas e preparei um suco, voltei tomando o suco totalmente nu, e percebi que estava sendo visto por uma mulher que morava no terceiro andar, ela fumava um cigarro e era a única coisa que a denunciava na escuridão de sua sala, além dela, um jovem em seu quarto, no andar debaixo, também me observava, ele era um adolescente de aparentemente dezesseis anos, assim como eu, não parecia ter vergonha de que eu o visse. Apaguei a luz da minha sala, mas o pouco de luz que vazava de minha cozinha permitia-os que vissem minha silhueta. Tomei ali meu suco e fui me aprontar. Estava decidido a sair de casa. Coloquei uma calça jeans bastante surrada e uma camiseta branca. Deitei na cama, mas antes passei os olhos no meu rádio-relógio que marcavam 22:15. Acho que adormeci.

Despertei assustado, dei um pulo da cama, e saí cambaleando pela casa como se estivesse atrasado a um encontro marcado, nem olhei para o relógio. Entrei no elevador ainda sonolento e confesso que nem me lembro bem de como cheguei até lá fora, onde estava meu carro. De frente ao meu edifício um comercio bem variado, tem panificadora, locadora, floricultura, avicultura e diversos bares. Meu carro estava estacionado exatamente na frente de um dos bares e o pior é que uma tremenda confusão estava acontecendo justamente ali naquele bar. Homens gritando, quebrando garrafas, tirando a camisa, dei as costas e abri a porta do meu carro. Escutei tiros, mas nem olhei para trás, e foi então que senti algo penetrando minha cabeça, um gosto de sangue tomou conta de minha garganta, era uma bala perdida. Meu corpo caiu na calçada molhada, pessoas correram e passaram por mim, ouvi mais alguns tiros enquanto olhava involuntariamente um céu escuro e chuvoso. Senti vontade de mijar, e acabei mijando ali mesmo, nas minhas velhas calças surradas. Um barulho de polícia ensurdecia-me, meus olhos agora estavam fechados e eu não tinha força para gritar por socorro. Ouvi de longe um toque de telefone, tentei abri os olhos, mas não consegui. Insistentemente a companhia de um celular gritava, estava suando frio e achei que fosse morrer, Dei um pulo seguido de um estrondoso grito e sentei-me assustado, percebi que era o toque de meu celular que insistia em me chamar, e que eu estava todo mijado em cima de minha cama, levantei-me sonolento, meu telefone parou te tocar, pus-me nu, larguei minha cueca na porta do banheiro enquanto a camiseta caia ali mesmo no piso do quarto, fui tomar um banho, enquanto me molhava pensava se realmente deveria sair de casa aquela noite.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Diva Negra



Elza da Conceição Soares, cantora, carioca e moradora de Copacabana, desfila mesmo machucada à frente da bateria.

Elza Soares roubou a cena no desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel, no Rio. Com o pé torcido, a cantora atravessou a Avenida em uma espécie de palanque e foi ovacionada pelo público. Até os jurados se levantaram e aplaudiram a passagem de Elza pela Sapucaí.



"Minha fantasia representa desejo e sedução", explicou a cantora Elza Soares pouco antes de entrar na avenida Marquês de Sapucaí nesta segunda-feira, 15, no Rio. A madrinha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel chegou a ser dúvida no sambódromo devido a uma lesão no tornozelo, mas chegou de pé e esbanjou bom humor.

Elza conta que passou o dia inteiro rezando e pedindo misericórdia para o povo brasileiro. "Carnaval é a época que dá alegria a este povo tão sofrido", refletiu.

Sorridente, Elza acenava para o público, que retribuía o carinho.

Além de Elza Soares, Thatiana Pagung, rainha da bateria de Mestre Bereco, que também estreia no comando de 300 ritmistas. Elza, que já defendeu a escola por quatro anos na década de 70, deu um show de energia ao lado de Pagung.



No carnaval, estreou em 1969, puxando o samba do Salgueiro. Mas a incomodou bastante o fato de estar longe da escola que representava o bairro de origem, sua verdadeira paixão. Por um convite de Dona Ivanoy, destaque da Mocidade, voltou para os braços de sua gente. Estreou na Verde-e-Branco em 1973, no enredo Rio Zé Pereira. Cantou até 1976, dividindo o posto com Ney Vianna em três oportunidades. Em 1974, gravou “Salve a Mocidade”, samba de Luiz Reis, considerado uma das maiores odes já feitas à Mocidade Independente de Padre Miguel. A música fez tanto sucesso que entrou na trilha sonora da novela O Rebu, de Bráulio Pedroso.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Lino Mourais

Cheiro de Sovaco entrevistou o cantor

Lino Mourais nesta terça feira


C.S Que cheiro vc tem?

L.M Sabonete Ekos Mate Verde RS

C.S Quando descobriu sua veia artística e em que ano começou na música?

L.M Descobri que amava música desde muito cedo, talvez aos quatro anos de idade, sempre gostei de cantar e cantava muuuuito (risos)

Comecei profissionalmente em 2004, cantando numa peça de teatro e logo depois em Bares

C.S O que falta na vida cultural de Brasília?

L.M Na vida Cultural de Brasília faltam espaços apropriados à Música, os que tinham estão fechando, pois, segundo os moradores de Brasília "o barulho" incomoda, tbém falta respeito por parte dos contratantes, dificilmente conseguimos lugares fixos, mesmo tendo um repertório imenso como tenho.

C.S Seria a solução dos problemas, um espaço destinado verdadeiramente para música? Setor de diversões de fato? Como talvez uma cidade da boêmia?

L.M Exato, eu não me incomodaria nem um pouco em ter um Bar com música ao Vivo como vizinho, mas enfim, o povo se incomoda com tudo... Mas acho bacana sim e eu comentei isso esses dias com uns amigos, é necessário sim um setor com muitos bares de variados estilos, mas que seja num lugar acessível e não em um local longe

C.S O que pensa sobre a música brasileira de hoje?

L.M Bom, o que passa na minha mente desde a semana passada, é que tenho visto uma chuva, uma enxurrada de Novas cantoras, algumas até fabricadas, algumas ótimas, outras soam de forma forçada, e o que me deixa indignado é o fato de CANTORAS maravilhosas terem sumido de cena, a exemplo: ROSANA e ANGELA RO RÔ

Um Brasil ingrato que renega seu passado musical.

Ouça o último CD da Wandeca, perfeito, atual e lindo

C.S Quais nomes da música da nova geração te despertam emoção, interesse, te faz parar e ouvir?

L.M Pô cara, gosto de muita coisa, não sei se os artistas que vou falar são atuais ou não, mas é o que tenho ouvido sempre: Marisa Monte (Sempre) Roberta Sá (Um achado musical, linda e talentosa), Maria Gadú (Muito boa essa menina) Carlinhos Brown, a irreverente Ivete Sangalo (A futura grande Dama da música brasileira), ouvi algumas coisas da Mariana Aydar, Luíza e claro, Vanessa da Mata

C.S Você não acha que a globalização, e o acesso a informação, tenha provocado essa fase no mercado musical? E que por esse motivo, os artistas encontram maior dificuldade em mostrar e fixar sua música?

Não vejo dificuldade dos artistas em fixar as Músicas, até porque em qualquer site de Música as canções estão lá, para serem baixadas sejam cobradas ou não... Vejo a queda nas vendas de discos como um reflexo do desrespeito das gravadoras mesmo, que cobram muito caro por um CD. Como bem sabemos pelos próprios artistas, a grana da venda de discos não vai para o cantor. Cantor ganha com show. Creio que o valor sobe, pra que a gravadora lucre (E MUITO) com o trabalho de seus contratados. Amo encarte fico triste quando ouço dizer que os CDs vão acabar. Mas os preços têm de baixar. Uma amiga que trabalhou numa famosa loja de Livros e Discos me contou que alguns CDs chegavam à loja com o valor de R$ 5.90 e eram vendidos a 35.00, ou seja, um roubo né?

C.S Mas digo em relação à chuva de novas canções, e chegando o tempo todo aos ouvidos do público, não há tempo de se firmar um artista, hoje toca Maria Gadú na trilha da globo, amanhã será outra e Gadú, possivelmente será esquecida como tantas outras cantoras, não pensa assim?

L.M Penso sim, por isso falei da enxurrada de novas cantoras, são tantas que até cansam sim... Fiquei meio puto em ver uma cantora nova na abertura da novela TEMPOS MODERNOS, Pôrra, a moça canta do mesmo modo que a Marisa Monte Gravou... Pra que isso? Colocasse a Marisa... Mas não, preferiu se colocar uma cantora revelada pela Globo, acho isso chato cara.

L.M Se você não perguntar, quero falar também da exposição do ridículo através do You tube

C.S Como funciona o You Tube? Utiliza-se do veiculo?

L.M Fico indignado ao observar um veículo tão bacana sendo tão mal utilizado. Eu uso para ver os Clipes, os Vídeos que os fãs fazem em Shows, ver entrevistas (ADORO) reprises de programas, desenhos etc.

C.S Divulga seus shows através dele?

L.M Sim, faço divulgação de minha música através dele. Contudo, o caminho é lento, é difícil a gente ver nosso trabalho brigando com Vídeos de humor negro

Esses sim têm milhares de acesso

Aliás, quanto mais ridículo e absurdo for um Vídeo, mais acessos ele terá

Claro, não sou um artista conhecido ainda, e os que são? Dias desses, tirei um Sábado e assisti vários Vídeos da Paula Toller (Lindos por sinal) e alguns deles com apenas 500 acessos, até menos

E do outro lado da coisa, a gente vê um Vídeo de um cara esquisito fazendo bizarrices com 54.897 acessos...

Causa indignação. A unanimidade é burra, como diz Nelson Rodrigues?

C.S Mas se formos voltar um pouco ao passado, perceberemos que faz parte da natureza humana, valorizar mais o ridículo, o bizarro e o cômico, à verdadeira poesia, o amor, e algo profundo. Já viu alguma personagem boa moça ganhar de um vilão em teledramaturgia?

Talvez seja a hora certa de mudarmos esse alimento,

noticiário chove de terror e drama nos ouvidos do telespectador

L.M É verdade... TV aberta, quanto mais desgraças mais ibope

C.S Os programas de música na maior rede de TV aberta são exibidos nos horários mais inacessíveis. Enquanto mortes e desgraças são exibidas livremente em horários que crianças e adultos estão em casa. O que diz sobre?

L.M Cara, dia desses ouvi um amigo dizer que: " A Rádio toca o que o

“povo quer”, Cara o caminho é inverso, aqui no Brasil se

convencionou dizer que o povão curte música simples, curte musica

de povão mesmo, como se fosse um crime ouvir Maria Gadú por

exemplo... Quanto à televisão, vejo que a coisa vem de longe

mesmo, foi ela quem incutiu no povo essa coisa de se aclamar o

lado ruim das coisas. Acho a maior injustiça do Mundo a Globo

colocar o Serginho com o Altas horas lá nas madrugadas de sábado,

sendo que no Domingo as TVs são um Lixo só. Outro programa

maravilhoso: SOM BRASIL passando 01h30min da manhã, isso quando

passa cedo, enquanto isso nos vê obrigado a assistir filmes

repetidos pela milésima vez nas tardes de sábado ou enfadonho

futebol nosso de todo dia. Falo muito de música, mas a coisa é

geral, faltam programas pra jovens, faltam programas de debate,

de entrevistas. Infelizmente a TV se nivela por baixo, umas

copiando os erros das outras, acho que a REDE TV tinha tudo pra se

tornar maravilhosa, mas perdeu o foco como todas as outras

C.S Por onde canta hoje Lino Mourais?

L.M Canto num Bar meio escondido numa das Várias cidades do DF - no

Guará II, Canto muito no meu quarto sempre

C.S Se não fosse cantor, seria...?

L.M seria desenhista

C.S Que cheiro gostaria de sentir agora no Brasil?

L.M Café. Acho um cheiro genuinamente brasileiro


Lino Mourais canta Drão de Gilberto Gil





contatos:

linomouraiscantor@hotmail.com
92827144




domingo, 31 de janeiro de 2010

Barca Brasília

Barca Brasília

Hoje o Cheiro de Sovaco foi até o Lago Paranoá para conferir o famoso passeio.


Sob o comando de Edmilson Figueiredo, aconteceu hoje o encontro de cerca de trinta artistas de Brasília para definir a programação cultural da Barca Brasília em 2010, com shows marcados sempre aos sábados e domingos, nomes como Salomão Di Pádua, Janette Dornellas, Célia Rabelo e Di Plural, irão compor a programação da Barca Brasília até julho deste ano. O encontro foi de total harmonia e confraternização, e além dos artistas, apreciadores e amigos estiveram presentes no passeio.


Uma embarcação moderna, segura, estável, acolhedora, silenciosa, confortável, com serviços de bordo de cozinha e bar, tecnologia digital de áudio e vídeo, certificada pela Marinha do Brasil para transporte de passageiros, com responsabilidade ambiental, credenciada pelo Ministério do Turismo, com cobertura para todos os navegantes para atendimento médico de emergência através da empresa UTI-Vida.

A embarcação tem capacidade para transportar até 50 passageiros, e é equipada com gerador que produz 9 Kws de energia, tudo para lhe receber à bordo com conforto e segurança!

Durante todo o ano de 2010 artistas da cidade se apresentação sempre aos sábados e domingos à partir das 17h.

Uma boa pedida.


Reserve seu ingresso pelo fone:
55 0xx61-8419 7192 (Edmilson Figueiredo)
55 0xx61- 8432 6234 (Amon Trajano)

passeio@barcabrasília.com.br



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O cheiro da hora

Cheiro de PROCESSO e ESCÂNDALO no ar

FEDEU para o lado do jornalista Ricardo Noblat, que sofrerá um processo movido por ninguém mais ninguém menos que JOSE ROBERTO ARRUDA (ex-DEM). O jornalista teria publicado em seu Blog informações, segundo o governador, caluniosas que ele teria oferecido uma quantia em dinheiro a quem votasse contra seu impicheament. Se supostamente isso tiver ocorrido, resta saber de onde saiu esse dinheiro para pagar os deputados. Será que isso será mais um podre a ser descoberto? E será que depois de todo esse escândalo o governador ainda teria fôlego para se envolver em outros... Talvez o gosto da pizza e do panetone de Brasília seja tão bom que ele queira comer mais.

André Lage


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Toda Quinta








Lúpullo’s Cachaçaria
QE 40 Polo de Modas Guará 2 18 anos 9971-3353 3301-5646
* 21 horas
Quintas Cats
LINO MOURAIS & MALÚ RIBEIRO
Composições próprias e músicas de nomes conhecidos do Pop e Mpb, como Roberto Carlos, Tim Maia, Gilberto Gil, Djavan, Barão Vermelho, Capital Inicial, Legião Urbana, Cidade Negra> Graças à versatilidade da voz, faz um belo passeio pelo repertório feminino de Marisa Monte, Adriana Calcanhotto, Ana Carolina, Zélia Duncan, Vanessa da Mata, Ivete Sangalo.

Contos, Poemas, Cartas e Outros Cheiros

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Poema de puta


Essa noite eu escrevi um puta poema de puta

Puta também é gente

Também ama

Também sofre

Também fica contente

Essa noite me vesti de puta

Pra saber se arde a pimenta no rabo da gente

Quem condena a puta

Não sabe o que é ser puta

Puta que pariu

Quanta caretice

Se esconderem cada vez que digo puta

Puta é só um nome

Lembra fruta

Quem nunca desejou uma bela fruta?

Eu já

Hoje me vesti de puta e sai por aí a me aventurar

Como sofri...

Comi o pão que o diabo amassou com o rabo sujo de merda

E ainda tem uns filhos da puta que dizem que a puta ganha vida fácil

Não é fácil ser puta não

Desisti de ser puta então

Mas descobri que vida de puta é um poema

De muita dor

E algumas delícias

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Aquela Noite

Plural

Sábado à noite e eu no quarto, com a luz apagada, deitado na cama, ouvindo o som dos carros lá fora, caía uma fina chuva, o que me acovardava ainda mais em sair de casa, mas sábado a noite é sempre, ou quase sempre tão bom sair de casa, principalmente por que sempre rolam umas paqueras, e de repente pode ser mais interessante estar deitado em minha cama, acompanhado por um corpo quente, a estar sozinho embrulhado com a luz apagada e ouvindo o som dos carros lá fora. Meu dia fora bastante tumultuado e cansativo hoje. Sou fotógrafo e trabalho para uma revista local, mas mesmo cansado, confesso que uma das coisas que menos me atrai, é não fazer nada, penso logo na quantidade de coisas que eu poderia fazer na rua, penso em pessoas lotando os motéis, os bares, as ruas, boates, e sinto inveja dos que estão vivendo enquanto eu durmo, e deixo a vida passar.

O barulho dos carros lá fora era convidativo.

Levantei-me, pus-me nu, larguei minha cueca na porta do banheiro deixando lá atrás no piso do quarto minha camiseta branca, fui tomar um banho, enquanto molhava-me, pensava se realmente deveria sair de casa aquela noite. Seria melhor deitar-me novamente em minha confortável cama e entregar-me ao sono? Estava de fato cansado, mas enquanto a água fria molhava meu corpo, despertava-me o desejo do inesperado, do sexo, das loucuras todas que envolvem as noites de sábado. Saí do banheiro sem toalha, totalmente nu, meu apartamento fica em frente a outros dois apartamentos, e sempre que faço isso, percebo que tem alguém a me olhar. Não foi diferente. Fui até a cozinha, cortei duas grandes laranjas e preparei um suco, voltei tomando o suco totalmente nu, e percebi que estava sendo observado por uma mulher que morava no terceiro andar, ela fumava um cigarro e era a única coisa que a denunciava na escuridão de sua sala, além dela, um jovem em seu quarto, no andar debaixo, também me observava, ele era um adolescente de aparentemente dezesseis anos, não parecia ter vergonha de que eu o visse. Apaguei a luz da sala, mas o pouco de luz que vazava da cozinha era o suficiente. Tomei ali meu suco e fui me aprontar. Estava decidido a sair de casa. Coloquei uma calça jeans bastante surrada e uma camiseta branca. Deitei na cama, mas antes passei os olhos no meu rádio-relógio que marcavam 22:15. Acho que adormeci.

Despertei assustado, dei um pulo da cama, e saí cambaleando pela casa como se estivesse atrasado a um encontro marcado, nem olhei para o relógio. Entrei no elevador ainda sonolento e confesso que nem me lembro bem de como cheguei até meu carro. De frente, um comercio bem variado, panificadora, locadora, floricultura, avicultura e diversos bares. Meu carro estava estacionado exatamente na frente de um dos bares e o pior é que uma tremenda confusão estava acontecendo justamente ali naquele bar. Homens gritando, quebrando garrafas, tirando a camisa, dei as costas e abri a porta do meu carro. Escutei tiros, mas nem olhei para trás, e foi então que senti algo penetrando minha cabeça, um gosto de sangue tomou conta de minha garganta, era uma bala perdida. Meu corpo caiu na calçada molhada, pessoas correram e passaram por mim, ouvi mais alguns tiros enquanto olhava involuntariamente um céu escuro e chuvoso. Senti vontade de mijar, e acabei mijando ali mesmo, nas minhas velhas calças surradas. Um barulho de polícia ensurdecia-me, meus olhos agora estavam fechados e eu não tinha força para gritar por socorro. Ouvi de longe um toque de telefone, tentei abri os olhos, mas não consegui. Insistentemente a companhia de um celular gritava, estava suando frio e achei que fosse morrer, Dei um pulo seguido de um estrondoso grito e sentei-me assustado, percebi que era o toque de meu celular que insistia em me chamar, e que eu estava todo mijado em cima de minha cama, levantei-me sonolento, meu telefone parou te tocar, pus-me nu, larguei minha cueca na porta do banheiro enquanto a camiseta caia ali mesmo no piso do quarto, fui tomar um banho, enquanto me molhava pensava se realmente deveria sair de casa aquela noite.




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O resumo de uma amizade reduzida a pó de nitrato.

Esplanada dos ministérios, palco de tantas comemorações, e manifestações. Outubro de 2006, o show das décadas com Gal Costa, Toquinho, Zélia Duncan, Orlando Moraes, e Titãs. Cerca de 20 mil pessoas presente. Eu esperei por cinco horas a chegada de Frugoli, (produtor da Gal) que havia me prometido uma camiseta livre acesso a área vip do show. Já com a camiseta na mão, mudei de idéia, desisti da área vip e fui mesmo para o gramado encontrar alguns amigos, eis que me surge um poeta, sem nome, cabelo crescido, pés à mostra.
O poeta? Mostrou-se em partes pequenas, porém sedutoras.
Eu? Mostrei-me inteiro num palco iluminado. Peguei sua mão e o trouxe para bem perto de mim, exibindo-o para o meu mundo, como se um grande presente.
Mãe-amor fui eu. Carreguei-o para dentro de minha casa, oferecendo meu conforto, e o pedaço maior do pão-doce que havia guardado. Disse-lhe coisas bacanas para que ele pudesse ter boa noite, e pintei de vermelho meu nariz, para lhe garantir dias bons. Falei dos sonhos meus, e ajudei-o a construir um nome.
Eu podia enxergar ali um mundo de realizações e parceria.

Apontei para suas asas, e disse-lhe que um dia ele poderia voar. Viajamos muito juntos, por sonhos, palcos, realizações, e desejos.
Durante uma dessas viagens, quando a chuva caia, ele disse-me: Já vou. Eu não acreditei. Não seria louco o bastante quebrando assim, minhas pernas em alto mar. Ele quebrou! Deixando-me ali, sozinho na chuva, com a cara lavada de sal. Pedi socorro e ele nem sequer olhou para trás, como se inimigo.

Quando lhe disse que poderia voar, ele acreditou, mas não me perguntou como.

Há aves que possuem enormes asas e não saem do chão.

Para que se possa voar, é preciso que se aprenda o verdadeiro sentido da amizade e o significado da palavra respeito, se não, permanecerá ciscando.
Então eu cantei, cantei para não enlouquecer, e nadei contra a maré.

Agora que já sinto tocar em meus pés a areia firme, acho que sobrevivi. Ainda que eu esteja perdido entre perguntas, sem respostas, procurando entender, porque o amor virou assim as costas, já se faz presente à vontade do riso em mim.
Hoje confesso, se eu pudesse voltar ao passado, entraria na área vip do show, não arriscaria meus pés naquele gramado





Errado é o Certo
(Plural)



Depois de refletir um tanto, e rebobinar o que passou, percebi que você não é a pessoa certa pra mim.

Hoje estou mais certo que nunca disso, graças a Deus!
As pessoas certas são chatas, não se atrasam, falam palavras bonitas e doces, de tão doces chegam enjoar.

Por isso me atraio por ti. Por ser assim: Todo errado.
É quem me faz perder a cabeça, falar besteiras, virar copos, sentir ciúme, enlouquecer...
A pessoa certa não passa um dia sem me ligar.

A pessoa errada me faz esperar dias, e nenhuma ligação.

Quando o telefone toca, toca alto em mim a esperança.

Você é tão errado que me faz chorar, mas chega na hora certa de secar as mesmas lágrimas.
Pra quê uma pessoa certa em minha vida?

Minha vida nunca foi lá muito certa mesmo.
Se tudo der certo, você permanecerá errado assim,

Soltando-me a mão ainda no meio do caminho, pra que eu possa provar a mim mesmo, e ao mundo inteiro, o quanto sou capaz.

Depois de ter encontrado a pessoa errada, as coisas começaram a se acertar.

Vou pedir aos deuses todos, ainda que nem esteja certo de que eles existam que conservem presente a pessoa errada,

Só assim será alimentado em mim, o desejo de acertar.



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